Os robôs vão substituir os advogados. A afirmação, repetida há anos, ganhou força recentemente em discussões acadêmicas, pesquisas de tendências, rodas de amigos e, claro, no íntimo dos profissionais de Direito que temem pelo exercício de suas funções.
Os avanços tecnológicos do mundo e, especialmente, os ligados às questões jurídicas engrossam o temor. Mas será mesmo que a evolução tecnológica implica em humanos substituídos por robôs? Não seria a advocacia um exercício puramente humano?
Evolução tecnológica e substituição humana no Direito
Há exatamente uma década, o britânico Richard Susskind lançou o livro “The End of Lawyers”, ou “O fim dos advogados” em tradução livre. Professor da Universidade de Oxford e presidente da Sociedade para Computadores e Direito, Susskind esteve no mês passado no Brasil. Em uma de suas palestras, defendeu a tese de que os clientes querem resultados, independentes deles serem entregues por advogados ou não.
A verdade é que as inovações tecnológicas na área do Direito têm muito mais a ver com otimizar trâmites, rotinas nos escritórios de advocacia e dados para embasar decisões jurídicas. Na prática, isso significa que a inovação colabora com o trabalho do advogado, mas não o substitui. Obriga o profissional a ter cada vez mais conhecimento e trabalho intelectual para utilizar as ferramentas que substituem, sim, o trabalho operacional e massivo.
Inovação colabora com o trabalho do advogado, mas não substitui o profissional
Uma pesquisa americana intitulada “Will your job be done by machine” prevê, em porcentagem, as chances de uma determinada função ser substituída por máquinas. Enquanto a estimativa de substituição de oficiais de Justiça, juízes e magistrados é de cerca de 40% para as próximas décadas, o percentual de advogados que devem ser substituídos por robôs não passa de 3,5%.
Isso mostra que a tecnologia pode substituir o que é repetitivo, como fornecimento e busca de dados, ou que segue determinados padrões como ocorre, normalmente, em decisões de magistrados e órgãos jurídicos.
Já a atuação dos advogados, por essência, se adequa conforme as especificações dos casos, interpretações e jurisprudências. Isso quer dizer que o exercício da advocacia é, essencialmente, humano e depende do conhecimento, feeling e interação com todas as variáveis de uma situação.
Advocacia depende de conhecimento, interpretação e contexto
Por mais precisas que possam parecer as palavras contidas na Constituição, a interpretação da Lei depende do sentido dado à afirmação. O mesmo ocorre em relação a um texto de acórdão, por exemplo. Os textos são sempre interpretados conforme o contexto. Nunca é, pura e simplesmente, uma análise fria da lei.
Daniel Linna, professor de tecnologias jurídicas da Escola de Direito da Universidade de Michigan, acredita que com a evolução dos recursos tecnológicos no exercício do Direito, os advogados tendem a ser conduzidos para uma posição cada vez mais de tomada de decisão.
Uma posição que exige ainda mais trabalho intelectual e vivência do advogado. Assim, as máquinas se firmam como suporte de fornecimento de dados confiáveis, dá celeridade aos processos e otimizam o exercício tradicional da advocacia. Mas não irão substituir os advogados. Não em um futuro próximo.
E você, também acredita que a tecnologia é mais um recurso para o Direito? Ou teme que, aos poucos, robôs possam substituir advogados em determinados casos? Comente! Queremos saber a sua opinião.
Link permanente
Link permanente
gostaria ade agradecer pelos conteúdos postados aqui nesta págian que contribuem a cada dia para o crescimento intelectual da nossa sociedade.
e equipe est de parabéns que deus ilumine a cada dia a equipe proporcionando muitas benção saúde,novos assuntos para dar continuidade ao projeto com mais sucesso ainda e muito amor e dinheiro .
att jurídica equipe de busca de conteúdo do site .
Link permanente
Ficamos felizes em poder contribuir de alguma forma! Cada vez mais buscamos conteúdos interessantes e tendências para a prática do Direito! É muito bom ler isso, muito obrigada 🙂