Com a chegada do novo coronavírus em 2020, organizadores de eventos cancelados durante a pandemia tiveram que ter uma atenção redobrada para o atendimento de clientes que ficaram sem seus serviços, atendendo ainda às formas da empresa sobreviver.
Em um cenário geral, tanto empresas quanto clientes estão em uma situação ainda de instabilidade, já que o vírus, em um contexto brasileiro, continua sendo uma preocupação para os órgãos de saúde, fazendo com que o isolamento social ainda seja relevante.
Por isso, estar dentro das conformidades e seguindo as medidas dispostas pelo governo federal pode ser um bom auxílio para guiar negócios para fora de crises, ou até mesmo diminuir os prejuízos que são reais e fazem parte dessa nova realidade em que vivemos.
No artigo abaixo você vai entender mais sobre o impacto da pandemia na produção de eventos, e quais as principais preocupações que organizadores e clientes devem ter para que ambos passem por esse período com mais certezas sobre seus investimentos.
O impacto da pandemia na produção de eventos
Ainda no final de 2019 o novo coronavírus, que sucede a doença Covid-19, passou a fazer parte de noticiários em todo o mundo, mostrando sua alta incidência no país de origem, a China, onde milhares de pessoas foram vítimas ou tiveram marcas da enfermidade.
Logo diversos países passaram a apresentar a doença, algo que preocupou órgãos de saúde de âmbito mundial, que logo decretaram a pandemia, colocando em prática o isolamento social, uma forma de proteção até que vacinas fossem produzidas e aplicadas.
Isso fez com que todas as formas de contato diário, como em escolas e escritórios, passassem a ser evitadas, e claramente, uma das principais atingidas por esse distanciamento foram as produções de eventos, que reúnem milhares de pessoas, como:
- Shows;
- Viagens;
- Apresentações;
- Comércio.
Com isso, a mão de obra especializada para eventos que reunia tanto organizadores quanto pessoas que trabalhavam em diferentes serviços por trás do acontecimento, tiveram que repensar estratégias para continuar sobrevivendo em meio à pandemia.
Em primeiro lugar, todas as formas de reuniões de grande porte deveriam estar totalmente canceladas. Em seguida, todas as partes que fazem o funcionamento de um evento deveriam ser embargadas, o que claramente gerou um prejuízo jamais imaginado.
Isso fez com que logo passassem a surgir empresas e até mesmo iniciativas voltadas a soluções financeiras para empresas para rever custos e gastos que já haviam sido feitos, para tentar reduzir os danos que neste momento já eram grandes dentro do setor.
Uma das principais iniciativas foram as maneiras como os organizadores teriam que lidar neste momento com seus negócios, pensando tanto nos funcionários que trabalham exclusivamente com esse ramo, e também nos clientes, que pagaram pelo serviço.
Principais preocupações dos organizadores neste momento
Uma das principais preocupações dos organizadores de eventos foi a forma como eles teriam que lidar com gastos que deveriam ser quitados com fornecedores e outros parceiros, dentro de um contexto, por exemplo, de um grande festival de música.
É como se, de uma hora para outra, toda a estrutura necessária e os serviços por trás de um atendimento ao cliente tivessem que ser cortados. Isso foi quase que inviável de ser pensado, visto que dentro do ramo existem contratos altamente regrados.
Por isso, uma das principais formas de lidar com a obrigatoriedade de pagamento de cenografia para eventos e outros tipos de serviços foi a partir da procura por alguma medida governamental, que auxiliasse em um momento de falta de pagamentos.
Além disso, também se tornou uma preocupação a devolução dos ingressos e dos pagamentos já feitos para clientes. Em um cenário fora de pandemia, tudo isso seria devolvido para o pagador dentro de um tempo geralmente previsto em um mês corrido.
No entanto, essa devolução causaria um caos ainda maior internamente, algo que logo foi atendido por meio de uma Medida provisória. No Brasil, essa MP fez com que os ingressos e serviços pagos tivessem um prazo certo para serem devolvidos aos clientes.
Ou seja, se o comprador quisesse um reembolso, o valor poderia ser pago em até um ano, contando da data da solicitação. Isso fez com que muitas empresas conseguissem encontrar meios de se sustentar e de trazer soluções para toda essa situação.
Além disso, ficou a mercê do cliente escolher se preferia o dinheiro de volta ou se poderia optar pelo resguardo do pagamento, que logo poderia ser utilizado, por exemplo, para o mesmo evento de uma agência de eventos stands quando ele pudesse acontecer.
Essa foi uma determinação com validade até dezembro de 2020. No entanto, com o passar dos meses e logo após a data limite, a pandemia continuou sendo alvo de preocupações do governo, o que causou uma redefinição que se transformou em Lei.
Assim, a partir de 2021, os mesmos critérios, ou de devolução ou de resguardo dos ingressos de eventos poderiam ser mantidos, sendo o prazo do pagamento colocado até o fim de 2022, data limite, até o momento, para a possível volta das atividades.
Mas uma questão que ainda preocupa organizadores de eventos é a falta de estabilidade para uma remarcação de grandes encontros. Isso faz com que a situação fique ainda mais preocupante e em constante alerta.
Isso porque, ainda que os pagamentos sejam ou não feitos para clientes, essas empresas ainda devem se preocupar com outros serviços e até mesmo pagamento de trabalhadores que ainda precisam de uma assistência imediata, como pagamento de salários mensais.
Todo esse cenário, que ainda gera dúvidas por conta da instabilidade no país, algo altamente ligado às medidas feitas por parte do próprio Governo Federal para a população, fez com que muitas discussões na área aumentassem, criando grupos para debate.
Dentro desses lugares, uma das principais pautas é o atendimento de parceiros, como empresa de ônibus fretado que precisa ter algum tipo de pagamento. Afinal, é como se tudo estivesse parado, precisando de um suporte para que possa encontrar saídas.
Dicas para clientes que foram afetados
Agora, se para a empresa tudo ainda se mostra insustentável sem a liberação para grandes eventos, que envolvem uma série de prestações de serviços e ganhos de dinheiro, para o cliente o que mais pesa é um prejuízo e um valor pago por algo que não foi consumido.
Isso, atrelado a uma pandemia, torna-se ainda mais grave, visto que o desemprego e preços cada vez mais caros no mercado levaram muitas pessoas a economizarem, desejando que qualquer quantia a mais pudesse entrar no orçamento.
Por isso, zelando pelo direito resguardado, ainda em meio a tantas incertezas com a pandemia, é essencial que o cliente saiba tudo o que o envolve dentro do processo de devolução do dinheiro de seu pagamento feito a aluguel de tendas para festas.
Em primeiro lugar, é importante que os interessados entrem em contato com a empresa que propôs o serviço e entendam seus desejos mediante ao pagamento que já havia sido feito, sinalizando seu desejo, ou de reembolso, ou de resguardo para uma próxima oportunidade.
Por exemplo, se você fez uma compra e deseja ter o dinheiro de volta dentro da data limite disposta pela empresa em conformidade com a Lei, é preciso sinalizar o negócio de sua vontade, e ficar atento para as informações que serão dadas, sobre prazos.
É ideal que os envolvidos, principalmente o cliente, façam um acompanhamento de todo o processo de conversas de reembolso ou de reutilização do dinheiro gasto, como uma forma de bônus que fica com a empresa pelo tempo determinado no acordo.
Assim, se o cliente e o representante de um evento de música propuseram um acordo por e-mail ou por uma rede social, é importante guardar comprovantes e provas da conversa, que podem servir para uma verificação ou quem sabe um processo no futuro.
No mais, cabe ainda ao cliente entender que, assim como ele esteve com esse pagamento parado, a empresa, por um lado, também esteve atrelada a pagamentos que não foram concluídos com aluguel de tendas, e que os lados dependem da melhora da pandemia.
Considerações finais
Uma pandemia que evoca cuidados como isolamento social, certamente, não estava nos planos de produtores de grande eventos e nem mesmo na mente das pessoas que esperavam comparecer a esses encontros, sendo então uma situação atípica.
Por isso, todo o trâmite que envolve devolução de pagamentos ou reutilização para outros eventos deve ser bem verificada por ambos os lados, de modo que a Lei ande paralela às principais formas de sobrevivência pessoal e de negócios ao longo deste período.