Como a IA (inteligência artificial) pode ajudar no direito?

A inteligência artificial já é uma realidade atualmente, onde a alta tecnologia auxilia em muitos setores do mercado.

Desde a primeira Revolução Industrial até as atuais empresas de automação industrial e a indústria 4.0, o mundo vem evoluindo, mudando e encontrando formas mais fáceis e rápidas de realizar as suas atividades.

Com o surgimento do computador, os processos ganharam uma base de dados com um alto poder de resolução e aprimoramento das suas atividades.

Com a pandemia em 2020, muitas empresas precisaram encontrar diferentes soluções para os seus negócios, uma vez que a interação física e o comparecimento aos estabelecimentos estavam restritos ao uso da tecnologia como forma de resolução.

Desde as áreas de e-commerce até as de consultoria contábil e direito, todas tiveram que se adaptar a uma nova forma de interação e confecção de suas atividades diárias.

Entretanto, a inteligência artificial não foi apenas provisória para o período da pandemia, mas sim uma ferramenta tecnológica que representa o futuro do mercado e de como ele é conhecido atualmente.

Continue lendo este artigo e entenda como a inteligência artificial pode atender as necessidades do mercado e evoluir as formas de interação e comercialização, entre muitas outras, como um todo.

O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial é uma tecnologia capaz de resolver novas situações com rapidez e êxito. Através dos conhecimentos adquiridos pela tecnologia avançada é possível se adaptar a diferentes situações e encontrar resultados relevantes para ela.

Dessa forma, é possível dizer que a inteligência artificial é a capacidade que um sistema tecnológico possui para simular a inteligência humana e ainda utilizar o seu banco de dados a fim de encontrar os melhores resultados para diferentes situações.

Com isso você consegue realizar melhores tomadas de decisão, através de um vasto banco de dados e análises das diferentes situações.

Por exemplo, no aspecto humano, as pessoas tendem a tomar decisões baseadas em aspectos relacionais, comportamentais e multifatoriais que são armazenados como conhecimento pelo cérebro.

Dessa forma, ao decidir comprar um relógio de ponto biométrico, muitas informações são passadas pela mente do indivíduo, como a sua necessidade, gosto, preço, se ele pretende presentear alguém e por que, quais são as empresas e marcas, entre muitos outros fatores.

Da mesma maneira acontece com a inteligência artificial, que por meio de símbolos computacionais constrói mecanismos e dispositivos que simulam a capacidade do ser humano de pensar, raciocinar e resolver os seus problemas.

Entretanto, como surgiu e se deu a evolução da inteligência artificial para os dias atuais e a sua aplicação nas diferentes empresas do mercado?

A evolução da inteligência artificial

A tecnologia já possui um papel muito significante na sociedade, onde é possível utilizar até mesmo um laudo cautelar veicular online para facilitar a comercialização de carros usados, onde através do seu histórico veicular, é possível obter uma maior segurança no produto.

Entretanto, a tecnologia como é conhecida hoje é apenas o começo do que ela um dia pode vir a ser. Isso acontece porque, desde muitos anos atrás, a IA já era idealizada e desenvolvida pelos profissionais da área.

A inteligência artificial teve o seu estudo, desenvolvimento e surgimento durante a Segunda Guerra Mundial, onde os principais idealizadores dessa ideia no setor da ciência da computação foram os cientistas Herbert Simon, Allen Newell e John McCarthy.

O seu objetivo era o de criar um ser que possuísse a capacidade de simular a vida do ser humano através da tecnologia. Dessa forma, o primeiro laboratório voltado para o estudo e desenvolvimento da inteligência artificial nasceu nos anos de 1950.

Ele era localizado na Universidade de Carnegie Mellon e iniciaria então um dos estudos mais revolucionários da tecnologia e resolução de problemas.

Entretanto, foi apenas recentemente, com pesquisas e descobertas mais atuais, que a inteligência artificial ganhou uma maior força no mercado.

Como já mencionado, a ideia inicial da inteligência artificial era a de reproduzir os pensamentos do ser humano a fim de obter uma máquina que pudesse tomar decisões com base em um banco de dados.

Todavia, percebeu-se que a IA possuía uma capacidade muito superior a isso, não precisando estar limitada a apenas a capacidade humana.

Além disso, as pesquisas recentes possuem como objetivo a inserção de outras habilidades nas máquinas, como a capacidade de sentir e avaliar sentimentos, ter criatividade, autoaperfeiçoamento e utilizar a linguagem.

Esse tipo de tecnologia vai muito além do funcionamento de um sensor de fadiga, por exemplo, que consegue identificar as variações do comportamento do motorista de um caminhão e emitir alertas em caso de ações muito contraditórias, indicando fadiga.

A IA deve identificar não apenas os comportamentos, como os reais sentimentos do ser humano. Dessa forma é possível entender a diferença entre a inteligência artificial e a Internet das Coisas, IoT, onde a IoT se refere aos aparelhos conectados à internet.

Isso acontece porque a IoT necessita da IA para conseguir analisar todos os dados coletados por ela, sem a necessidade de um ser humano.

Em contrapartida, a IA precisa da IoT, uma vez que é apenas através dos dados gerados por objetos conectados à internet que os algoritmos fazem com que as máquinas aprendam e, consequentemente, funcionem.

Por exemplo, a IoT consegue obter os dados de um rastreador em tempo real, enquanto a IA pode utilizá-lo para a tomada de decisão. Dessa forma, é possível perceber que um precisa do outro para o seu funcionamento.

IA no direito e na advocacia

A inteligência artificial na advocacia possui o objetivo de coletar provas e dados nos sistemas online, além de conferir a legislação nova sobre o assunto. Com isso, é possível obter um maior auxílio para o caso e em uma alta velocidade, otimizando todo o processo.

Por exemplo, é possível utilizar os dados de um bastão de ronda em um caso, a fim de obter provas satisfatórias para o seu caso.

Com isso é possível possuir inúmeros dados referentes a um único caso e auxiliar nas tomadas de decisão que um advogado pode ter no caso.

Existe ainda a possibilidade de a tecnologia automatizar a tomada de decisão, de forma que não seja necessária a intervenção humana, como o recebimento ou recusa de uma petição relacionada a equipamentos de automação comercial ou a confecção de uma pesquisa.

A organização de informações realizada pelas máquinas pode otimizar consideravelmente todo o processo, de forma que seja possível até mesmo identificar situações semelhantes, a fim de oferecer decisões similares para casos parecidos.

Dessa forma, é possível observar que a utilização da inteligência artificial no setor de direito pode proporcionar muitas vantagens, como:

  • Menos repetição de processos;
  • Mais produtividade;
  • Maior velocidade nos processos;
  • Maior número de dados analisados.

Com isso, pode-se perceber que utilizar a IA no direito pode automatizar as tarefas repetitivas, o que proporciona uma maior velocidade do processo e um ganho de tempo para as tarefas mais importantes do setor.

A inteligência artificial pode substituir os advogados?

A capacidade elevada da IA em coletar e analisar dados, o famoso Data Analytics, auxilia significativamente na advocacia, uma vez que o setor possui a tarefa de tomar decisões constantemente.

Ele se baseia em fatores multissetoriais e componentes emocionais acumulados em suas decisões.

Com a utilização de ferramentas de coleta de dados e com a combinação de decisões similares e disponibilidade de possibilidades, é possível tomar melhores decisões nos diferentes casos.

Dessa forma, caberá aos advogados conhecer bem as questões e fatores envolvidos para que, com isso, ao processar os fatos em uma máquina, soluções de características análogas e mais próximas do equilíbrio entre ambas as partes poderão ser oferecidas.

Através da intervenção humana nos casos, é possível obter um melhor resultado com o auxílio dos dados, de forma que seja realizada uma melhor aplicação da lei a um caso concreto.

Com isso é possível perceber que caberá ao advogado a escolha de informações coletadas pela máquina e a sua utilização para a tomada de decisão final.

A máquina, por fim, não será capaz de substituir os advogados, uma vez que é necessária a intervenção humana para obter um maior equilíbrio entre as decisões a serem tomadas.

A IA servirá, portanto, apenas como um auxílio para uma coleta de informações eficientes, otimização dos processos e entre muitos outros benefícios já mencionados pelo setor de advocacia.

Ambos os lados de um caso precisam ser igualmente avaliados para a tomada de uma decisão e o fator humano se faz extremamente necessário para isso, uma vez que é possível identificar elementos que uma máquina, por enquanto, não consegue.

A inteligência artificial faz parte do futuro da humanidade e a sua utilização irá proporcionar, assim como já acontece, uma maior facilidade, velocidade e otimização de todos os processos, a fim de uma maior evolução na sociedade.

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