Você já se perguntou como os sistemas ligados ao direito penale processualpodem ser melhorados? Saiba que essa não é uma pergunta sem resposta e como as ferramentas utilizadas em gestão de negócios podem respondê-la.
Sob esse viés, sabemos que o direito penal perpassa por sistemas como o penitenciário e é voltado para manter a convivência pacífica em sociedade de forma a proteger os bens jurídico-penais.
No entanto, o poder de punir do Estado encontra grandes entraves quanto ao período de tempo de julgamento dos crimes. Por isso, a justiça penal acaba assumindo a fama de ser lenta.
Portanto, veremos a partir de agora, de maneira bem didática, como a gestão de negócios aprimora metodologias que podem ser aplicadas ao direito penal, para que consigamos reverter essa impressão. Confira!
Primeiramente: O que é a gestão de negócios?
A gestão de negócios é um ramo da administração empresarial que auxilia na execução e concretização de projetos com foco em atingir os objetivos traçados pelos profissionais em equipe.
Sendo assim, uma delegacia que trate de homicídios e, portanto, lide com crimes penais, pode muito bem utilizar as ferramentas de negócios para impulsionar seus resultados quanto ao desacumulo de inquéritos.
É algo perceptível por todo advogado que esteja em contato com esse sistema, como o processo penal corre de forma vagarosa.
Nesse sentido, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estima que 30% dos crimes contra a vida prescrevam e esse é um índice muito alarmante quando analisado sob a ótica da confiança dos cidadãos no sistema penal.
Imagine quantas pessoas passam a não denunciar um crime no país porque pensam que nada irá acontecer com quem o cometeu. Dados como esse reforçam essa ideia.
Por isso, a melhoria contínua deve ser buscada, para restabelecer a fé das pessoas na resolução de crimes por parte dos agentes de justiça, advogados, juízes, promotores e demais profissionais da área.
Dessa forma, unir as ferramentas de gestão de negócios ao direito penal é o caminho para solucionar esse impasse.
Quais são as ferramentas utilizadas em gestão de negócios que podem ser aplicadas ao direito penal?
O direito penal é o ramo de intervenção mais drástica na vida das pessoas, pois, é por meio dele que vários indivíduos podem ser privados da liberdade.
Por isso, os advogados precisam estar alinhados ao ecossistema de inovação, para que estejam preparados para dar a melhor defesa e atendimento possível aos seus clientes.
Assim, existem diversas ferramentas que podem ajudá-los e abaixo listamos as três com maior potencial tecnológico para unir a gestão de negócios ao direito penal.
Filosofia Lean em escritórios de advocacia
Como uma metodologia que nasceu na Toyota pode ser empregada no meio jurídico?
Sabe aquele escritório de direito penal ou qualquer outro do ramo do direito que tem acumulado processos desde sua inauguração? A filosofia Lean pode ajudar a resolver esse problema.
Ao aplicá-la em um negócio jurídico, ela pode diminuir o tempo de espera do cliente na resolução de seu conflito por meio de uma maior otimização dos processos e implementando a cultura organizacional.
Assim, a ferramenta Lean pode diminuir seu retrabalho como advogado, o seu excesso de revisões sobre o mesmo processo e mais.
Desse modo, os benefícios de unir a gestão de negócios ao direito penal só aumentam a produtividade do seu escritório.
Big Data e Sistema Policial
A lei não é um dado pronto e acabado e, talvez por isso é que necessite do Big Data. Sob esse viés, ele consiste em analisar um enorme volume de dados e, quando aplicado ao direito, pode gerar uma inovação gigantesca.
Nesse sentido, a polícia de Nova York iniciou a utilização do Big Data em 2011, como forma de analisar de maneira prévia as possíveis ações criminosas e, assim, formular uma atuação antecipada da polícia.
Dessa forma, essa junção entre direito penal e ferramenta tecnológica de gestão de negócios permite que, ao analisar dados de um suspeito, a polícia possa identificar se ele está ou pode cometer um crime, como os de cibersegurança.
O Brasil passou a utilizar um sistema como esse em 2014, na cidade de São Paulo e foi adquirido a partir de uma parceria entre a prefeitura da cidade, a prefeitura de Nova York e a Microsoft.
Blockchain e Lei Maria da Penha
A Blockchain está cada vez mais jurídica e marca a passagem da advocacia 4.0 para a 5.0.
Isso porque, essa tecnologia permite autenticar e validar provas, até mesmo, de crimes contra a mulher, a exemplo dos descritos na Lei Maria da Penha.
Por sua vez, inicialmente criada para ser uma carteira de criptomoedas, a blockchain é um sistema que tem permitido que vítimas de violência validem suas provas por meio da plataforma Posso Provar.
As empresas OriginalMy e BidWeb Security IT são as criadoras dessa ideia que dá às mulheres o poder de autenticar e digitalizar ameaças, por meio da união entre a ferramenta da gestão de negócios e o direito penal.
A OAB é uma das apoiadoras da ideia e estima-se que mais de 15 mil pessoas já tenham sido beneficiadas por esse sistema.
Considerações finais
Vimos ao longo do artigo a importância de unir as ferramentas tecnológicas da gestão de negócios ao ramo do direito penal. Dessa forma, o mercado jurídico evolui.
Essa evolução é necessária não só para que possamos implementar cada vez mais a advocacia 5.0 em órgãos públicos e empresas privadas, mas também para restabelecer a confiança das pessoas no sistema penal.
No entanto, informações como essa ainda não são adquiridas em horas de aula. Então, se você precisa se inteirar melhor sobre a advocacia 5.0 e o futuro do direito, acompanhe os nossos conteúdos.