Mestrado ou doutorado? Advogados precisam se renovar constantemente

Meio evolui de maneira contínua e exige profissionais cada vez mais qualificados no mercado

O setor da advocacia, por sua natureza, se renova constantemente, e exige que seus profissionais acompanhem essa mudança. Dessa forma, surge uma dúvida clássica, que ultrapassa os limites dessa disciplina. Afinal, o que é mais viável?

  • Cursos?
  • Mestrado?
  • Doutorado?

Quer saber mais sobre esse meio e entender os motivos que fazem a resposta para essa pergunta mais complexa do que meras alternativas? Continue no nosso artigo.

Primeiramente, é realmente necessário continuar evoluindo?

Pode parecer uma dúvida de um aluno ou aluna na faculdade, mas esse pensamento é, frequentemente, compartilhado por veteranos do mercado, que acreditam que suas estabilidades financeira e profissional justificam estagnar suas carreiras. No entanto, isso é um equívoco imenso.

A própria natureza da sociedade humana, por mais conservadora que seja, exige mudanças constantes em suas regras, desde áreas como o idioma até regras de convívio social. Nesse sentido, um dos exemplos mais práticos que podemos listar é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que passou a ser indispensável conforme a internet se tornou mais democrática.

Dessa forma, a evolução profissional de indivíduos dedicados à advocacia se mostra um fundamento dessa profissão. Para isso, diversas ações podem ser executadas a depender da necessidade e vontade de cada um.

No âmbito acadêmico

Imagem de homem lendo livro em biblioteca

Em linhas gerais, o meio acadêmico se apresenta como o caminho evolutivo mais óbvio para diversas profissões. Através desse setor, são discutidos conceitos e elementos teóricos de maneira extremamente aprofundada, muitas vezes mais do que o exigido por alguns setores.

Por mais que isso soe desnecessário para leigos, é através desses indivíduos que setores inteiros se movem, uma vez que pesquisas científicas são a base de diversas ações práticas e teóricas de disciplinas e comunidades pelo mundo.

Dessa forma, se faz necessário uma reflexão interna para compreender, como citamos antes, as necessidades e vontades de cada um. Uma vez que esses pontos se alinhem com as características mostradas acima, se faz necessário se adequar a cada uma das oportunidades oferecidas por esse meio.

A pós-graduação

Antes de analisar as características desse ponto, é importante ressaltar que, como o nome sugere, pós-graduação é todo processo acadêmico que seja executado após o bacharelado.

Formalmente se diferenciam essas vertentes em duas camadas, intituladas lato sensu, ou sentido amplo, e stricto sensu, ou sentido estrito. O primeiro visa analisar e apresentar estudos sobre uma área de maneira generalista, o que não significa ser superficial. O segundo, por sua vez, busca ser mais específico através de observações mais aprofundadas e direcionadas.

Vale destacar, também, a carga horária, outro fator importante para distinguir esses dois conceitos. Segundo o Ministério da Educação (MEC), uma pós-graduação lato sensu deve ter uma duração mínima de 360 horas. Por outro lado, a stricto sensu, segundo um levantamento do portal Estratégia Concursos, exige ao menos 720 horas. 

Dessa forma, voltamos ao questionamento do início do artigo. Afinal, o que é mais viável? 

  • Mestrado

O mestrado é o primeiro passo rumo à especialização mais técnica. Em geral, essa vertente é recomendada para indivíduos que pretendem seguir no meio acadêmico, seja lecionando ou oferendo consultorias.

  • Doutorado

O doutorado é ainda mais exigente e, consequentemente, mais valorizado. Através desse trajeto são formados alguns dos maiores especialistas em cada área, ponto que fortalece objetivos maiores como cargos públicos e outros.

No âmbito profissional

Existem ofícios que, para sua execução, não se é exigida certificação acadêmica, como no jornalismo. No entanto, a advocacia é diferente, e cobra de seus profissionais uma garantia mais “palpável” de suas habilidades.

Por isso, por mais que estejamos separando os âmbitos acadêmicos e profissionais, destacamos que não há um bom advogado sem uma base consolidada em suas aulas. Sem isso, são criadas margens que podem desencadear erros fatais e extremamente danosos para a sociedade.

De qualquer forma, alguns fatores podem ser usados para se renovar constantemente através de aspectos mais práticos. Alguns deles são mais óbvios, como acompanhar julgamentos, conversar com especialistas e outros, mas essas ações podem ser expandidas de diversas formas.

E os cursos?

Deixamos esse tópico para o fim do artigo por considerarmos sua definição um tanto quanto complexa. Afinal, essa categoria permeia, idealmente, entre aspectos acadêmicos e teóricos, buscando um equilíbrio entre essas duas vertentes.

Nós explicamos anteriormente e reforçamos que, se existe a vontade ou necessidade de conhecimentos mais aprofundados, a adesão a pacotes acadêmicos ainda é a melhor opção. No entanto, os cursos podem ser uma alternativa mais prática, rápida e, muitas vezes, econômica.

É comum que professores, inclusive com mestrado e doutorado, ofereçam cursos para aprimorar habilidades específicas. Nesse sentido, esse investimento pode ser muito viável para apreciadores de aspectos mais técnicos.

Em contrapartida, esse movimento também pode ser percebido entre profissionais estabelecidos no mercado, muitas vezes usando casos notórios para desenvolver discussões sobre o tema. Nesses casos é necessária muita cautela para fugir de cursos e palestras rasos, que não agreguem nenhum conteúdo.

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