Qual é a diferença entre startups e empresas tradicionais? Veja pontos centrais

As startups vêm ganhando cada vez mais espaço e incentivo no Brasil, a LCP 182 é uma prova disso, por exemplo. Mas, muitos não sabem o que a distingue de outras empresas. A sua estrutura, objetivos e os termos legais são alguns dos itens principais, confira a seguir.

Diferenças entre startup e empresas tradicionais

Nos últimos anos, o Brasil está vendo um grande número de startups surgindo no mercado. Mas, a dúvida que aparece com frequência é sobre a diferença entre esses negócios e as empresas tradicionais, pois ambas atuam de forma semelhante, no sentido de:

  • Precisam de sócios investidores;
  • Atuam com a venda de um produto ou serviço;
  • Contratam pessoas de forma parecida.

Principais distinções

Essas semelhanças, contudo, não cobrem tudo que as startups fazem e nem do que as empresas tradicionais realizam. Desse modo, pode-se elencar os pontos a seguir como os aspectos que mais diferenciam essas duas categorias:

  • Objetivos;
  • Plano de negócio;
  • Investimento;
  • Gerência;
  • Controle da empresa.

No sentido jurídico, a situação das duas se classifica como empresa, ainda que seja uma pequena empresa, no caso das startups. Portanto, a definição exata ainda não está completa.

Startups analisam o desenvolvimento de um modelo de negócio por meio de dados.

O que é uma startup?

A palavra de origem inglesa indica uma empresa em estágio inicial, quando ainda está abrindo as suas portas para atuar no mercado. O significado que o termo tem hoje, porém, não compreende apenas essa definição.

Pontos centrais

Depois da década de 90, com o surgimento de empresas que atuam no setor de tecnologia da informação e internet, o termo startup ganhou ainda mais significado. Assim, existem alguns conceitos básicos que estão associados a esse tipo de negócio hoje:

  • Incertos;
  • Disruptivos;
  • Repetíveis;
  • Escaláveis;
  • Inovadores.

Conceito de empresa

As empresas, por outro lado, já possuem um conceito mais bem definido devido ao tempo em que existem e por já terem um modelo de negócio conhecido. Portanto, elas não buscam vender um produto ou serviço que ainda não existe, pelo contrário.

Os modelos tradicionais buscam atuar em setores mais fechados, nos quais já possuem uma demanda constante para atender, por exemplo. Assim, o seu foco é manter um negócio estável, sem assumir grandes riscos. Pode-se dizer que os seus princípios são:

  • Setor bem definido: telecomunicações, combustíveis, saúde, finanças;
  • Estabilidade;
  • Tem como principal objetivo atender uma demanda já existente.

Diante dessas diferenças, veja a seguir como cada aspecto pode se apresentar em empresas e startups. Afinal, ambas podem concorrer ao mesmo mercado, mas atuam de forma distinta.

1- Objetivos

Qualquer negócio precisa definir seus objetivos com a oferta de um produto ou serviço para a sociedade. Assim, nele estão incluídos tanto os conceitos mais abstratos que regem todo o trabalho dele bem como as metas a médio e longo prazo no sentido financeiro.

Startup

Uma startup também precisa de capital inicial para funcionar, mas a sua origem pode começar por meios mais flexíveis que o de uma empresa. Então, seu objetivo primordial é oferecer soluções de problemas.

Isso não quer dizer que elas sempre precisam apresentar algo inovador por inteiro, mas também podem oferecer uma solução mais ágil e eficiente em sua prestação de serviços. Portanto, seus principais objetivos são:

  • Crescer em escala a curto e médio prazo;
  • Assumir riscos;
  • Descobrir qual é a forma mais rentável de funcionar.

Empresa

As empresas têm como objetivo crescer e escalar seus lucros, sem dúvida. No entanto, essa não é uma questão central já no início. Aliás, podem não fazer parte do plano de negócio em alguns casos, como o de uma padaria ou supermercado, por exemplo.

Os objetivos principais desse tipo de negócio são:

  • Aumentar seus lucros a longo prazo;
  • Manter atividade e lucros estáveis;
  • Fazer circular bens e serviços no mercado de forma regular.

2- Estrutura do negócio

Para se caracterizar como uma startup de forma legal, é preciso cumprir alguns requisitos acerca do seu lucro e tempo de atividade. Então, de acordo com a lei complementar n° 182 de junho de 2021:

  • Ter um CNPJ com no máximo dez anos de existência;
  • Possuir declaração de adesão ao modelo inovador de negócios;
  • Estar de acordo com o Inova Simples;
  • Ter receita anual de até 16 milhões de reais.

O que é o Inova Simples?

Trata-se de um canal online do governo, no qual quem deseja abrir uma empresa inovadora, fechá-la ou alterar algo nela. Portanto, a ideia é facilitar os processos para quem deseja ter o seu próprio negócio.

LCP 182 de junho de 2021

É a lei que define o marco legal das startups, nela há sete capítulos que dispõem sobre tudo que uma dessas empresas precisa para se adequar. Assim, alguns conceitos que estão presentes nela são:

  • Participação do investidor-anjo;
  • Capital social e investimento;
  • Participação em licitações;
  • Sandbox;
  • Incentivo a pesquisa e inovação.

3- Investimentos

Com essa lei, portanto, uma diferença entre a startup e as empresas tradicionais é que o investidor não se torna um sócio na maioria dos casos. Isso o livra de obrigações fiscais, qualquer dívida feita antes ou depois do aporte, por exemplo.

4- Gerência

O modo como as empresas e startups funcionam no dia a dia também é diferente. Portanto, enquanto há uma definição de funções mais clara na empresa, nas startups há um incentivo ao desempenho de múltiplas atividades.

Isso tem a ver com a parte financeira, pois esse novo modelo de empresa começa com menos capital, logo tem uma equipe reduzida. Já as empresas, costumam atribuir de forma clara a função e a ordem na hierarquia, o que facilita a sua organização.

5- Controle da empresa

Em empresas tradicionais, o controle das ações e rumos dela está nas mãos de quem investe e é sócio dela. Já nas startups, é possível ter uma estrutura mais flexível, na qual pessoas contribuem com tempo de atuação ou com recursos financeiros.

Inovação

A temática central entre esses dois modelos de negócio é a sua capacidade de inovar no mercado. Mas, isso não quer dizer que uma está atrasada e a outra é a melhor opção, pois pode-se dizer que elas estão apenas em fases distintas.

Uma startup é o início de um negócio, o estágio em que um modelo de produto, serviço e venda está sendo desenvolvido. Após atingir o seu alvo, elas se tornarão empresas com uma posição estável no mercado.

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