Como se proteger dos crimes digitais mais comuns? Entenda mais sobre o assunto

Com o número cada vez maior de pessoas que usam a internet para diversas funções, cresce o número de golpes e crimes digitais. Por isso, saiba os tipos mais comuns, bem como, de que forma se proteger desse tipo de situação.

O que são crimes digitais?

Esse tipo de delito ocorre por meios eletrônicos, ou seja, computadores ou outros dispositivos conectados a uma rede. Nesse sentido, os crimes virtuais podem ter um impacto financeiro, além do abalo emocional e por vezes à reputação da vítima.

Para ter sucesso nesse tipo de ação, os criminosos usam meios cada vez mais sofisticados para burlar a segurança. Desse modo, se fazem passar por funcionários de uma empresa para conseguir dados e senhas dos usuários, por exemplo.

Diferentes modos de agir

Em outros casos, hackers conseguem acessar bases de dados e sequestrar servidores. Enfim, as formas de agir são múltiplas e por isso todos estão expostos em maior ou menor grau.

Os crimes digitais estão cada vez mais diversificados para tentar burlar a segurança

Tipos de crimes mais comuns no meio digital

Alguns tipos de golpes no meio digital são mais comuns, mas ainda assim fazem muitas vítimas. Afinal, por vezes a pessoa é levada pela confiança ou por achar que está falando com um conhecido ou parente. Então, veja a seguir alguns exemplos desse tipo de fraude:

  • Golpe do boleto falso;
  • Furto de dados;
  • Hackeamento de conta;
  • Clonagem de cartão, com compras online;
  • Plágio de conteúdo;
  • Vendas falsas.

Todos esses casos geram prejuízos financeiros à vítima ou a terceiros. Além disso, há casos em que o dano atinge a esfera íntima da pessoa. É o caso, por exemplo, do vazamento de fotos íntimas.

Crimes contra a honra

As redes sociais são um espaço para troca de ideias e conteúdos muito importantes. Porém, também podem ocorrer situações que configuram crimes. Nesse sentido, veja alguns dos principais delitos nesse meio.

Tais situações também podem acontecer fora do meio digital, mas ganham uma proporção muito maior na internet. Por isso, os danos causados à vítima são muito maiores e por vezes difíceis de superar.

Calúnia

Esse crime consiste em imputar a alguém uma conduta ilícita. Desse modo, uma postagem que diga que uma pessoa roubou ou desviou dinheiro, por exemplo, pode se caracterizar como calúnia. Isso caso a acusação se prove falsa.

Injúria e Difamação

A difamação atribui uma conduta reprovável, mas que não é definida como crime. É o caso, por exemplo, de expor alguém que cometeu adultério. Já a injúria se traduz quando se proferem ofensas e xingamentos à pessoa, o que atinge sua dignidade.

Divulgação de imagens íntimas

Outro fato muito comum é o compartilhamento não autorizado de fotos íntimas. Seja qual for o meio pelo qual a pessoa tenha obtido as fotos ou vídeos, expor essas imagens online pode configurar crime.

Golpes financeiros no meio digital

Essa é a modalidade mais recorrente de crimes digitais. Afinal, os bandidos usam uma série de recursos para acessar dados bancários ou obter pagamentos de pessoas desavisadas. Então, veja como funcionam os mais comuns para se precaver.

Golpe do delivery

Nesse método, ao fazer um pedido de refeição por aplicativos, os golpistas conseguem os dados do consumidor. Então, entram em contato e enviam um motoboy diferente que passa uma taxa na máquina de cartão.

Isso é suficiente para que o cliente tenha seu cartão clonado. Desse modo, os criminosos passam a fazer compras online em nome do usuário.

Phishing

O termo em inglês que significa pescaria dá nome ao golpe que usa iscas em e-mails falsos. Nesse sentido, a pessoa recebe uma comunicação eletrônica que pede para clicar em um link. Com isso, pode ter seu dispositivo hackeado, com acesso a dados e senhas.

Venda falsa

Nesse caso, os criminosos anunciam produtos em plataformas ou perfis fake. O consumidor efetua a compra e faz o pagamento, mas não recebe o produto. Somente depois, ao tentar entrar em contato com a suposta loja vê que ela não existia de fato.

Vazamento de dados

Em quase toda atividade que se faz hoje em dia as pessoas compartilham dados com empresas e sites. Nesse sentido, em qualquer acesso ou compra online são captadas informações, tais como:

  • Dados pessoais;
  • IP da máquina ou celular;
  • Número de cartão digital;
  • Senhas;
  • E-mail;
  • Número de telefone.

Quem usa e guarda esse tipo de informação deve cuidar da segurança contra ataques cibernéticos. Afinal, em caso de vazamento de dados pode vir a ser responsabilizado pelos danos causados a terceiros.

Sequestro de dados

Uma situação ainda mais grave ocorre quando os criminosos conseguem invadir o servidor de uma empresa e cobram para devolvê-lo. Desse modo, todos os registros contábeis, de clientes e mesmo informações sigilosas representam um ativo importante da companhia.

Em casos como esse, o prejuízo pode chegar a cifras milionárias. Por isso, em muitos casos a vítima acaba por pagar o valor exigido.

Leis que protegem as vítimas de crimes digitais

Diante do crescente número de crimes digitais, as leis tiveram que ser adaptadas a essa nova realidade. Isso porque, algumas situações não seriam cogitadas anos atrás. Porém, com as novas tecnologias isso teve que mudar.

A LGPD, ou Lei Geral de Proteção de Dados veio para regular a forma como empresas e sites guardam registros dos usuários. Assim, hoje a pessoa tem ciência de quais dados ficarão gravados e pode escolher se quer dividi-los ou não.

Lei Carolina Dieckmann

A fim de coibir episódios de exposição de fotos íntimas, essa lei tornou crime a invasão de dispositivos alheios. Desse modo, quem contribui ou espalha informações confidenciais também pode ser penalizado.

Veja as dicas para se proteger de crimes digitais

Mesmo com as novas leis e o aumento da segurança nas redes, os criminosos encontram meios para as práticas ilícitas. Portanto, confira algumas dicas de como dificultar o acesso aos seus dados e não ser mais uma vítima:

  • Não deixar senhas salvas em dispositivos;
  • Criar sequências fortes;
  • Habilitar a autenticação de dois fatores em redes sociais;
  • Verificar a existência da loja em caso de compras online;
  • Ligar na agência caso receba algum comunicado que solicite sua senha bancária.

Essas práticas simples podem evitar muitos problemas. Mas em caso de ser vítima de golpe, é essencial agir de forma rápida e bloquear senhas e cartões, se o caso. Além disso, registrar o Boletim de Ocorrência é importante para tentar localizar os responsáveis.

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